domingo, 22 de maio de 2016

Quem disse, que repense!

Passou. A euforia passou. Agora posso falar.

Na semana que passou "quase" não suportei minha euforia, ansiedade e expectativa (sim, ainda não me curei desse mal). As memórias estão a mil, trazendo à tona fragmentos da Juliane dos anos 90, que dizia que nunca ia perder o medo. Que nunca perderia a vergonha nem a timidez. Que nunca deixaria certos traumas para lá e correria para o lado de cá. Diziam que o lado de cá era só para os fortes, para os bonitos e encorajados. Então, não era pra mim. Não mesmo!

Cheguei, perdi alguma coisa? Não. O que era meu estava guardado, reservado e lacrado. Só eu abriria, e abri. Olhar pra trás não faz muito bem pra mim, mas costumo dizer que minha história tem muito do que sou hoje e pouco de quem eu era quando estava lá, vivendo tudo o que vivi. Confuso, mas momentaneamente confortável.

Outra coisa que fiz nesta semana foi "desempoeirar" meus diários - oh!, que fase!. Lembrei de uma vez que perdi meu diário e um locutor da rádio que eu trabalhava em Roncador achou. Não me devolveu sem antes dar uma bisbilhotada. Não sei o tanto que ele leu, mas espero que tenha se arrependido da atitude. (Humf!). Lendo algumas páginas, relembrei do quanto eu era dramática, mas sempre silenciosa, guardava pra mim toda e qualquer mágoa, angústia, dor e euforia que sentia enquanto vivia em Roncador. Não me arrependo de nada, mas fiz muita coisa impensável. Por pura inocência. Venho dia a dia construindo minha história, dando meu toque a tudo que acredito ser verdadeiro.


Mas voltando à semana que acabou, meu 18 de maio de 2016 foi lindo. Quase não suportei. 










J.F.

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