Passou. A euforia passou. Agora posso falar.
Na semana que passou "quase" não suportei minha
euforia, ansiedade e expectativa (sim, ainda não me curei desse mal). As memórias estão a
mil, trazendo à tona fragmentos da Juliane dos anos 90, que dizia que nunca ia
perder o medo. Que nunca perderia a vergonha nem a timidez. Que nunca deixaria
certos traumas para lá e correria para o lado de cá. Diziam que o lado de cá
era só para os fortes, para os bonitos e encorajados. Então, não era pra mim.
Não mesmo!
Cheguei, perdi alguma coisa? Não. O que era meu estava
guardado, reservado e lacrado. Só eu abriria, e abri. Olhar pra trás não faz
muito bem pra mim, mas costumo dizer que minha história tem muito do que sou
hoje e pouco de quem eu era quando estava lá, vivendo tudo o que vivi.
Confuso, mas momentaneamente confortável.
Outra coisa que fiz nesta semana foi "desempoeirar"
meus diários - oh!, que fase!. Lembrei de uma vez que perdi meu diário e um
locutor da rádio que eu trabalhava em Roncador achou. Não me devolveu sem antes
dar uma bisbilhotada. Não sei o tanto que ele leu, mas espero que tenha se
arrependido da atitude. (Humf!). Lendo algumas páginas, relembrei do quanto eu
era dramática, mas sempre silenciosa, guardava pra mim toda e qualquer mágoa,
angústia, dor e euforia que sentia enquanto vivia em Roncador. Não me arrependo
de nada, mas fiz muita coisa impensável. Por pura inocência. Venho dia a dia construindo minha história, dando meu toque a tudo que acredito ser verdadeiro.
Mas voltando à semana que acabou, meu 18 de maio de 2016 foi
lindo. Quase não suportei.
J.F.
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